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Verificando se Os Ovos Estão Galados
Alimentação de filhote no bico
Auto-mutilação (arrancamento de penas)
- O 1º ponto a verificar é o local da gaiola. Esta deve estar em local sem muito trânsito, encostada a alguma parede, e sem outros animais que possam incomodar ao redor. Um pássaro super-estimulado não é capaz de relaxar. Para que ele tenha maior sensação de segurança, a gaiola não deve estar em frente a janelas, corredores ou no centro do ambiente.
- Outro ponto a se considerar é sono. As aves devem ter 10-12 horas de sono contínuo, em local quieto e escuro. Sem isso, elas ficam ansiosas e nervosas.
- Exercício é vital para a saúde de uma ave. Faça-a bater as asas, subir e descer escadas ou a gaiola, escalar poleiros e andar no chão.
- Banho também é muito importante, e aves com esse problema devem fazê-lo diariamente. É fato que aves não arrancam penas molhadas; mas só as mantenha úmidas se o ambiente for quente a ponto de permitir isso.. O hábito de arrancar e mastigar penas pode ser decorrência de pele seca, má-condição das penas ou maus hábitos de limpeza da ave, e esses fatores podem ser contornados com banhos diários, que irão estimular a ave a se limpar.
- Brinquedos também ajudam, uma vez que se seu pássaro estiver entretido com um, ele não estará arrancando as penas. Alguns brinquedos, inclusive, são ideais para esse problema, imitando a textura e aparência das penas.
- Poleiros inadequados, muito grandes ou muito pequenos, também geram insegurança na ave.
- Um último ponto a ser lembrado é não recompensar o ato de arrancar penas. Se a ave arranca uma pena e você responde de algum modo (não importa se o que você diz é positivo ou negativo), ela associará o hábito com chamar atenção, e isso só irá piorar o problema. O ideal é desviar a atenção para uma comida, brinquedo ou qualquer outra coisa. Você deve interagir com sua ave, mas nunca quando ele estiver se mutilando. Também é importante perceber em qual momento a ave mais arranca penas: de manha ou à noite, na sua ausência ou na sua presença, se fica nervoso perto de algo ou alguém.
Doenças comuns
Varias doenças e contaminações podem atingir as aves. Em todos os casos é necessário tratamento e consulta veterinária.
Aves e gatos. Uma dupla que não combina. Gênios diferentes? Não!
Bicos e “beijos humanos molhados”. Par incompatível? Não! Tudo culpa da bactéria pasteurella multocida. Informe-se abaixo.
Leiam abaixo sobre Micotoxicose, Tifo, Varíola, Parasitose, Streptococcus, etc. Lembre-se: O importante, SEMPRE, é acudir de imediato.
Pasteurella multocida
Quem tem gato não deve ter aves e a razão não é a incompatibilidade de gênios. É que o gato tem em sua saliva uma bactéria chamada Pasteurella que é mortal para aves. A contaminação se dá por saliva e fezes. O gato vive se lambendo, portanto espalhando a bactéria nos pelos que podem voar com o vento e ir parar na gaiola de sua ave. Esta bactéria está presente na saliva de todos os mamíferos, porém em maior escala no gato. Uma mordida de gato em sua ave pode não matá-la pelo ferimento em si, mas sim pela contaminação da bactéria. O gato lambe o pelo e espalha a Pasteurella multocida fazendo com que seu pelo também seja perigoso.
Beijo mortal? Não estou falando daquele de beijo dos apaixonados. Estou falando do “beijo molhado” que o dono pode dar em sua calopsita e matá-la. A razão é que a Pasteurella, embora em menor escala no organismo humano, pode contaminar a ave e matá-la em segundos.
Nada de ficar oferecendo a língua para seu amiguinho. Pode não acontecer nada, mas também pode ser que num dia aziago a maledeta da bactéria escape de sua saliva e contamine o bichinho. Beijo só seco, viu? Esta advertência é do Dr. Brian Speer, presidente da Associação de veterinários de aves dos EUA.
Toxoplasmose: Doença bastante grave. Ocorre especialmente nos filhotes e pode ser fatal.
Sintomas: As aves mostram-se tristonhas, fracas e apresentam diarréias, as vezes com sangue, no peito, o externo fica bastante saliente e o fígado também costuma ficar inchado.
Toxinas: Os gatos carregam uma bactéria chamada Pasteurella, inofensiva para eles, mas letal para as aves. O simples contato com saliva, fezes ou comida pode infectar seu pássaro. Se isso ocorrer corra para o veterinário.
Micotoxicose: As causas são os fungos, principais inimigos de uma criação. Doença de elevada mortalidade. Os sintomas são diarréia esverdeada, sede intensa e dificuldades para respirar.Tratamento: Evitar manter a criação em ambientes úmidos e mal ventilados. Os esporos (sementes de fungos), ficam pelo ar, esperando algum lugar úmido para se desenvolverem e formarem uma "colônia" causadora das doenças mais graves. Alimentos mofados nunca devem ser utilizados.
Parasitose: Tem a Externa, cuja causa é a falta de higiene nas instalações. Os sintomas são a queda da plumagem, emagrecimento, aparência anêmica, patas brancas e olhos comprimidos.
Tratamento: Fazer a limpeza das instalações, desinfetar as gaiolas e acessórios. Consulte o veterinário sobre a forma mais segura de desinfetar. O óleo de Neem pode ser usado, porém não é ativo contra bactérias.
A parasitose interna tem como causa os parasitas transmitidos por fezes contaminadas. Eles se alojam no estômago e nos intestinos, causando emagrecimento e mortalidade elevada.. O tratamento consiste em vermifugar no período correto, normamente após a muda.
Streptococcus: Os sintomas são sono contínuo, pássaro que se isola em um canto da gaiola, cloaca suja pela diarréia, emagrecimento rápido, respiração ofegante, asas caídas, aumento do ritmo respiratório e bico aberto. O pássaro pode, de tempos em tempos, emitir ruídos agudos.
Para tratamento consulte o veterinário.
Tifo: É transmitida pelas fezes das aves doentes, pela água e picadas de mosquitos. Os sintomas são asas caídas, penas soltas e diarréia verde. Mortalidade muito elevada e rápida, entre 12 e 24 horas.
Tratamento: Isolar as aves. Administrar antibióticos mediante consulta com o veterinário.
Varíola: Bactéria que se desenvolve na ave num período de 1 a 3 semanas, transmitida por parasitas, insetos, moscas e por outras aves. Sintomas: Queda de pequenas plumagens ao redor dos olhos, as vezes as pálpebras engrossam. Furúnculos. As partes mais atingidas são o bico, faringe e a orelha. Tratamento: Separar a ave, passar desinfetante e bactericida (com orientação de veterinário), evitar moscas e insetos fiquem transitando nas aves sadias. Há vacinas como preventivos e há tratamentos para os casos crônicos, no entanto não medique sua ave sem receita do veterinário.
Pernas encolhidas, necrose dos dedos, eventual diarréia, dificuldade de respirar e penas arrepiadas: Significa Estafilocose, doença causada pela bactéria Staphyloccocus sp. Inicia com pequenas lesões, na forma de abscessos na planta dos pés, surgindo a dificuldade de pular de um poleiro ao outro devido à dor - a ave mantém a perna constantemente encolhida. Percebe-se um aumento de volume nas articulações (juntas dos ossos, dos dedos e das pernas). Em seguida, as lesões atacam os dedos, que ficam escuros e sem movimentação devido à necrose e podem cair. É possível a doença avançar ao aparelho digestivo e respiratório.
Diarréia, ligeiramente amarelada, febre com tremores, pulos de um lado a outro, pequenas verrugas na cabeça e dedos (difteria).
Diarréia amarelo ocre, às vezes com sangue vivo, mal cheirosa, penas arrepiadas, mais apetite e sede, sinalizam (Colibacilose).
Diarréia esbranquiçada com sangue: ofegar, febre, penas arrepiadas, pulsação acelerada e gemidos de dor, indicam (Salmonelose). O índice de mortalidade é alto.
Diarréia escura e fraqueza: Pode ser indício de (Coccidiose).
Diarréia verde com sangue, tremores, desmaios e convulsões: (Psitacose), que também é chamada de Ornitose ou Febre de Papagaio.
Abdômen saliente, fraqueza, diarréia esverdeada às vezes com sangue, eventual descoordenação motora, são indícios de toxoplasmose ou Lankesterella, doenças raras em aves de cativeiro.
Magreza com tristeza, eventual diarréia com muita água, estrias de sangue e alimento mal digerido: Pode ser sinal de vermes de vários tipos, que atacam o aparelho digestivo ou o respiratório.
Indigestão
Regurgitação? Problemas de digestão ou “um presente” que sua ave pretende lhe dar? Cada um dá o que tem.
Diarréia com fezes escuras (pretas) pode ser em decorrência de sangramento do trato digestivo. Corra para o veterinário.
Placas brancas na língua e afta podem sugerir a presença de candidíase.
A regurgitação pode ocorrer por bloqueio do papo ao engolirem algum objeto que obstrua o trato digestivo e, até mesmo, pelo consumo excessivo de areia. Aves, geralmente, ingerem pedregulhos para ajudar na digestão quando estão com, provável, indisposição gastro-intestinal. Se isso ocorrer você pode ajudar dando uma gotinha de óleo mineral e fazendo massagem no papo.
No caso de aumento de tereoide pode tratar-se de dieta pobre em iodo, apesar de que, calopsitas não têm a mesma necessidade de iodo que alguns outros psitacídeos, tais como, periquitos.
Calopsitas podem regurgitar quando comem, gulosamente, algo de que elas tenham gostado muito. Nesse caso é só retirar o alimento que motivou a gula e sempre que for oferecê-lo cuidar para que seu amiguinho não volte a ter os olhos maior que a barriga, digo, papo.
Os problemas que afetam o sistema digestivo são variados e seus sintomas podem se confundir com os sintomas de outras doenças. Desejo lembrar, novamente, que, quem faz diagnóstico é o veterinário. Deixe para ele esta tarefa. Veja agora alguns dos sintomas mais comuns relacionados a problemas que afetam o sistema digestivo. Em geral, eles vêm acompanhados de outros sinais comuns a todas as doenças, como apatia e perda de apetite.
Candidíase atinge aves com baixa resistência. é se prolifera no aparelho digestivo. Em caso de dúvida, um exame de fezes permite o diagnóstico. Placas brancas na língua ou aftas podem sugerir que a ave esteja com candidíase. Cura-se com antifúngicos. Fale com o veterinário.
Olhos fechados, diarréia, prostração que faz encostar o bico no chão: É a Doença de Pacheco, descoberta em 1930 pelo veterinário Genésio Pacheco, causada por um vírus do grupo herpes que se encontra no ar. Ataca o sistema digestivo, além do respiratório, quando há grande baixa de resistência. Só com um exame sofisticado, feito por poucos laboratórios, pode ser confirmada. A cura é muito difícil devido à fraqueza da ave, mas é tentada com imuno-estimulantes e complexos vitamínicos.
Fezes escuras podem significar sangramento do trato digestivo e é necessário levar ao veterinário com a máxima urgência.
Guia de Saúde
As calopsitas são lindas, mas toda saúde e toda beleza tem seus segredos, não tem? Boa alimentação, higiene e inspeção diária da ave fazem a diferença. Quando falamos em inspeção diária da ave, não estamos falando em “dar uma olhadinha”. Tire um tempo, todos os dias, para seu amiguinho.
Sinais alarmantes de doença: Notar se a ave mudou de atitude. Algo que ela costumava fazer e deixou. Algo que ela não fazia e passou a fazer.
Consumo de alimentos. Perceber se ela deixou de comer.
Consumo de água: Observar se a ave está tomando água em demasia.
Fezes: Ver o volume a e a consistência. Diarréia ou sangue nas fezes é um caso de emergência em que não se deve deixar de procurar o veterinário, com urgência. Fezes pretas é um sintoma grave em que o veterinário precisa ser procurado, imediatamente.
Sintomas que denotem: Depressão (ave triste, apática), tonturas e convulsões.
Dificuldades respiratórias: Ave balança a cauda numa espécie de “soquinho” ao respirar. Há barulho semelhante a chiado. Coriza. Face inchada. Olhos vermelhos e lacrimejantes.
Não use as dicas aqui fornecidas para se furtar de levá-lo ao veterinário. O dinheiro é o estado móvel mais veloz na vida do homem. Ele transita. Vai e volta. O importante não é guardá-lo, mas sim guardar o que ele pode te proporcionar de bom. Guarde consigo a sua calopsita se a ama de verdade. Não economize com a saúde dela. Não a deixe morrer por causa do dinheiro de uma consulta. Se você perdê-la, o dinheiro não te dará de volta o carinho e a alegria que ela te dava.
Sua felicidade vale o dinheiro de uma consulta?
Gaiolas e Viveiros
Calopsitas são aves. Não são seres humanos. Não precisam e não suportam cheirinhos e perfuminhos. Seus acessórios, comedouros e bebedouros devem ser limpos apenas com água.
Troque com frequência a água dos bebedouros, lave os bebedouros esfregando o dedo neles e evite bebedouros de plástico, pois eles são campeões em armazenar colônias de fungos.
Mantenha os comedouros limpos. Prefira os de madeira. Calopsitas adoram comedouros de madeira, pois elas podem se divertir e comer ao mesmo tempo. Se divertem roendo as bordas dos comedouros. Assopre as sementes retirando o pó e as cascas do que já foi comido e se, casualmente, vez ou outra, fizerem cocô nos comedouros, limpe-os com pano úmido. Não deixe acumular fezes.
Deve-se evitar o uso de gaiolas ou viveiros de formato REDONDO porque os psitacídeos perdem a noção de direção quando vivem em gaiolas redondas. As melhores opções são os formatos QUADRADOS ou SEXTAVADOS.
Muitas pessoas têm o hábito de colocar jornais no fundo das gaiolas visando mais facilidade de limpeza, no entanto isto é um erro. Jornais soltam gases tóxicos das tintas de impressão e, além disto, têm um cheiro pouco recomendável para calopsitas que, porventura, sejam alérgicas.
Outra opção de manutenção das gaiolas é ter a grade que separa o fundo, pois assim as aves não ficam em contato direto com as fezes, porém é bom lembrar que as grades do fundo podem acabar representando um perigo para os pés da ave. Um pé, ocasionalmente preso, pode quebrar ou torcer nervos. Se mesmo apesar do risco o dono optar pelas grades, neste caso, elas devem ser limpas, diariamente, com pano úmido.
Há donos que optam por colocar areia no fundo da gaiola. Não há nada contra isto a não ser o trabalho que vai dar para ficar trocando esta areia. Não use uma areia qualquer. Não vá pegar areia onde cachorro e gato fez xixi ou cocô e colocar na gaiola de sua ave. Também não use areia de construção. Está vendo? É melhor escolher outra opção.
Para quem não deseja manter as grades, é aconselhável também o papel semi-kraft (papel pardo). Na minha opinião esta é a melhor opção. Mais higiênia e mais segura. Como as folhas são grandes, depois de cortadas dão uma quantidade que dura por muito tempo. Para cortar o papel faça o molde da bandeja da gaiola ou do viveiro e leve numa gráfica.
Fuga
Tome sempre cuidado com janelas e portas abertas. Se você tem ave solta dentro de casa coloque telas. É o método mais seguro.
Ensinando a falar
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