Infelizmente, ainda na atualidade, trata-se de um mistério dentro da medicina veterinária. Mas quando este problema nos bate à porta, das duas uma: ou nos habituamos ao fato da nossa Calopsita viver sem penas ou então procuramos ajuda veterinária, o que nem sempre é fácil.
Vamos aprender as principais causas deste problema e alguns métodos de tratamento. O ato de arrancar as penas é um fenômeno pouco entendido até mesmo pelos profissionais de medicina de aves. Existem muitos casos que são verdadeiramente impossíveis de se diagnosticar corretamente, fazendo-se apenas um tratamento sintomático! Mas afinal, que história é esta da minha Calopsita arrancar suas próprias penas?
Definição
Trata-se de um comportamento anormal e aberrante que certas aves (normalmente psitacídeos – Calopsitas, papagaios, lóris, araras, etc.) exibem e que consiste na preensão, mastigação ou mutilação das suas próprias penas ou das do seu companheiro mais próximo.
As primeiras são facilmente identificáveis, pois sobram as penas da própria cabeça (o bico não chega lá!).
Não devemos confundir esta patologia com a preensão normal das penas velhas durante a muda. Portanto não se assuste se vir uma pena no bico da sua Calopsita!
Sintomas
Estas Calopsitas que possuem este horrível vício têm uma aparência horrível, começam por morder as penas das patas ou as do peito, outras adoram as penas das asas ou mesmo as da cauda. Em qualquer uma delas o aspecto é sempre de uma ave desmazelada com as penas desalinhadas, e com vários graus de perda de penas pelo corpo.
Possíveis causas
Representam 35 a 40 por cento dos casos. Muitas vezes, os donos não permitem fazer todas as análises possíveis para determinar a verdadeira causa, portanto é provável que esta percentagem seja bem maior.
O problema mais vulgar é a má-nutrição. Se você tem um cão ou um gato compreende isto muito bem: não é verdade que o seu animal, se pudesse, comeria só carne e bolos? Com as Calopsitas acontece o mesmo. Eles se viciam em determinada semente ou fruto e depois é difícil convencer a ave de comer toda determinada variedade de alimentos que as rações comerciais têm disponíveis.
Se a sua Calopsita for fã de sementes oleosas (girassol, por ex.) é fácil ficar obesa e isso é uma das principais causas de arranque de penas. Isto porque (segundo esta teoria), a acumulação de depósitos de gordura subcutânea pode irritar a pele.
Estes animais voltam a ter a plumagem bonita quando o seu peso volta ao normal após uma dieta específica.
As aves mais propensas são as Calopsitas e os papagaios. Caso a dieta contiver níveis inadequados de certos componentes alimentares essenciais à muda, tais como arginina, riboflavina, niacina ou selênio, poderá causar stress na plumagem.
As raízes das penas vão-se ressentir e ao fim de algumas semanas a sua antes tão linda Calopsita estará se auto-depenando. Outro caso interessante é daquelas Calopsitas completamente doidas e psicóticas que adoram o sabor das penas. Chegam mesmo a emitir um som de alegria quando saboreiam o gosto da pena recém arrancada.
Este comportamento pode ser interpretado como picacismo, uma condição que resulta da falta de minerais essenciais (zinco por ex.).
Mas tome cuidado! Não lhes dê tanta vitamina, pois se a ração comercial que você utiliza estiver dentro do padrão alimentar recomendado pelo fabricante você não necessitará suplementar. Isto poderá conduzir a uma doença hepática ou pancreática com conseqüências graves, uma das quais é arrancar as penas.
Normalmente após a dieta voltar ao normal, a saúde da ave também voltará. Existem também doenças infecciosas que poderão induzir ao arranque das penas. Entre elas destacamos: A aspergilose (fungo que se deposita nas vias respiratórias), Candidíase (levedura) e infecções bacterianas.
As Calopsitas são propensas à giardíase (protozoário intestinal que dá muito comichão) que se pode manifestar pelo arranque de penas sobre as asas, costas ou no ventre. Doenças do fígado poderão causar comichão na pele das pessoas e aparentemente o mesmo acontece nas aves. Isto poderá acontecer quando há extravaso de ácidos biliares do fígado para o sangue, que quando em circulação nos vasos subcutâneos dá origem a prurido.
O diagnóstico é fácil, basta pesquisar os tais ácidos biliares em uma amostra de sangue. Qualquer outra doença que cause inflamação do organismo, seja em qualquer região do corpo, poderá sugerir à Calopsita para arrancar as penas. Por outro lado este vício conduz a infecções secundárias que poderão também produzir toxinas e mais comichão ainda, agravando o ciclo vicioso. Parasitas tais como ácaros ou piolhos são extremamente raros, mas jamais deverão ser descartados pelo veterinário. Para um diagnóstico mais seguro, podem-se fazer esfregaços das raízes das penas, análises do sangue, radiografias, endoscopia ou biópsias da pele.
Outra causa deste mal que assola muitos criadores são as alergias. Sim, a sua Calopsita pode sofrer de alergia inalatória (pólen, bolores) e mesmo ser alérgica ao fumo do tabaco (existiu um caso no E.U.A, de um papagaio amazonas que tinha alergia nas patas porque o dono segurava-o com as mãos “sujas” de cigarros).
Além disso, as Calopsitas podem se contaminar com alergia umas das outras ou de outros animais. Alergias alimentares é um campo praticamente desconhecido, mas sabe-se que algumas aves são alérgicas aos corantes de certas rações. As aves alérgicas respondem bem a banhos de água com babosa.
Intoxicações são outras possíveis causas, normalmente quando as Calopsitas roem tinta descascada de parede ou outras superfícies.
Os metais pesados são muitas vezes responsáveis (chumbo, cobre e até mesmo zinco). Outra forma de intoxicação é a inalação ou ingestão de produtos de limpeza que estejam em seu alcance.
O problema mais vulgar é a má-nutrição. Se você tem um cão ou um gato compreende isto muito bem: não é verdade que o seu animal, se pudesse, comeria só carne e bolos? Com as Calopsitas acontece o mesmo. Eles se viciam em determinada semente ou fruto e depois é difícil convencer a ave de comer toda determinada variedade de alimentos que as rações comerciais têm disponíveis.
Se a sua Calopsita for fã de sementes oleosas (girassol, por ex.) é fácil ficar obesa e isso é uma das principais causas de arranque de penas. Isto porque (segundo esta teoria), a acumulação de depósitos de gordura subcutânea pode irritar a pele.
Estes animais voltam a ter a plumagem bonita quando o seu peso volta ao normal após uma dieta específica.
As aves mais propensas são as Calopsitas e os papagaios. Caso a dieta contiver níveis inadequados de certos componentes alimentares essenciais à muda, tais como arginina, riboflavina, niacina ou selênio, poderá causar stress na plumagem.
As raízes das penas vão-se ressentir e ao fim de algumas semanas a sua antes tão linda Calopsita estará se auto-depenando. Outro caso interessante é daquelas Calopsitas completamente doidas e psicóticas que adoram o sabor das penas. Chegam mesmo a emitir um som de alegria quando saboreiam o gosto da pena recém arrancada.
Este comportamento pode ser interpretado como picacismo, uma condição que resulta da falta de minerais essenciais (zinco por ex.).
Mas tome cuidado! Não lhes dê tanta vitamina, pois se a ração comercial que você utiliza estiver dentro do padrão alimentar recomendado pelo fabricante você não necessitará suplementar. Isto poderá conduzir a uma doença hepática ou pancreática com conseqüências graves, uma das quais é arrancar as penas.
Normalmente após a dieta voltar ao normal, a saúde da ave também voltará. Existem também doenças infecciosas que poderão induzir ao arranque das penas. Entre elas destacamos: A aspergilose (fungo que se deposita nas vias respiratórias), Candidíase (levedura) e infecções bacterianas.
As Calopsitas são propensas à giardíase (protozoário intestinal que dá muito comichão) que se pode manifestar pelo arranque de penas sobre as asas, costas ou no ventre. Doenças do fígado poderão causar comichão na pele das pessoas e aparentemente o mesmo acontece nas aves. Isto poderá acontecer quando há extravaso de ácidos biliares do fígado para o sangue, que quando em circulação nos vasos subcutâneos dá origem a prurido.
O diagnóstico é fácil, basta pesquisar os tais ácidos biliares em uma amostra de sangue. Qualquer outra doença que cause inflamação do organismo, seja em qualquer região do corpo, poderá sugerir à Calopsita para arrancar as penas. Por outro lado este vício conduz a infecções secundárias que poderão também produzir toxinas e mais comichão ainda, agravando o ciclo vicioso. Parasitas tais como ácaros ou piolhos são extremamente raros, mas jamais deverão ser descartados pelo veterinário. Para um diagnóstico mais seguro, podem-se fazer esfregaços das raízes das penas, análises do sangue, radiografias, endoscopia ou biópsias da pele.
Outra causa deste mal que assola muitos criadores são as alergias. Sim, a sua Calopsita pode sofrer de alergia inalatória (pólen, bolores) e mesmo ser alérgica ao fumo do tabaco (existiu um caso no E.U.A, de um papagaio amazonas que tinha alergia nas patas porque o dono segurava-o com as mãos “sujas” de cigarros).
Além disso, as Calopsitas podem se contaminar com alergia umas das outras ou de outros animais. Alergias alimentares é um campo praticamente desconhecido, mas sabe-se que algumas aves são alérgicas aos corantes de certas rações. As aves alérgicas respondem bem a banhos de água com babosa.
Intoxicações são outras possíveis causas, normalmente quando as Calopsitas roem tinta descascada de parede ou outras superfícies.
Os metais pesados são muitas vezes responsáveis (chumbo, cobre e até mesmo zinco). Outra forma de intoxicação é a inalação ou ingestão de produtos de limpeza que estejam em seu alcance.
Causas emocionais
Apesar de extremamente subjetivo, vamos apresentar algumas situações que poderão conduzir ao stress e arranque das penas. Muitas pessoas tendem a acariciar demais uma Calopsita recém adquirida pelo menos durante os primeiros 12 meses.
Depois de passada a novidade, alguns deixam de prestar tanta atenção, até porque certas pessoas enchem-se de expectativas acerca dos seus animais de estimação e quando eles não correspondem a essas expectativas, o pássaro pode acabar ficando em segundo plano.
Em outras situações a entrada de uma outra ave, ou animal de estimação ou até mesmo quando o dono decide casar e ter filhos, a atenção passa a ficar dividida, a ave enche-se de ciúmes e frustração e passa a arrancar as penas para chamar a atenção.
É engraçado que uma Calopsita que conviva sozinha com uma família acabe escolhendo apenas um membro favorito como seu parceiro.
Muitas vezes o arrancar das penas traduz uma frustração sexual. A separação da ave do seu companheiro humano pode ser uma experiência traumatizante.
Se outros humanos estiverem assistindo às sessões de brincadeiras com o dono predileto, eles poderão ser encarados como intrusos no seu relacionamento, podendo ser rechaçados a bicadas e expressões de desafio.
Algumas Calopsitas deliciam-se em arrancar as penas somente para ver o dono correr preocupadamente para elas. Especificamente neste caso, você não deverá estimular este tipo de comportamento, e não lhe deve dar importância, simplesmente ignore. Verá que esta reação terá benefícios em longo prazo.
A título de prevenção, não dê atenção exagerada para sua Calopsita se não puder manter esse cuidado constantemente. Brinque com ela entre 1 a 2 horas por dia, mas o resto do tempo permita-lhe ter a sua própria independência.
Deixar a televisão ou o rádio ligado perto das Calopsitas é um fator positivo que estimula tanto a visão como a audição das aves prevenindo o aborrecimento.
Sobretudo não subestime a inteligência destes animais. Um ser vivo tão esperto e ativo como as Calopsitas, é de se esperar que desenvolva problemas comportamentais tais como arrancar as penas ou guinchar caso se aborreça dentro de uma gaiola por falta de atenção ou estímulos para a brincadeira.
Falta de água e luz solar
Existe um mito popular afirmando que se uma Calopsita se molhar ou apanhar uma corrente de ar poderá morrer. Isto é falso! As Calopsitas necessitam tanto de banhos regulares, como de luz solar (ou pelo menos luz artificial que imite a luz natural).
Principais causas do arranque de penas
- Má nutrição;
- Obesidade;
- Excesso de vitaminas;
- Doença do fígado ou pâncreas;
- Aspergilose;
- Candidíase;
- Giardíase;
- Infecções de pele por estafilococos;
- Intoxicações por zinco, chumbo ou cobre;
- Irritação por causa de detergentes de limpeza;
- Alergias alimentares;
- Alergias a outros animais;
- Alergia a tabaco ou outros fumos.
Dê banhos de torneira em sua Calopsita pelo menos uma vez por semana, especialmente no Verão, pois além de quente o nosso clima é muito seco nessa época do ano. As Calopsitas são as aves que necessitam muito de banho, uma vez que a sua pele produz uma espécie de caspa que deverá ser removida regularmente para que não provoque comichões.
A radiação ultravioleta é importante para a conversão da vitamina D essencial para haver uma boa absorção de cálcio no intestino. A luz solar tem outros papéis preponderantes no metabolismo delas, mas que somente agora a ciência começa a descobrir. Portanto se não puder fornecer luz solar direta (sem ser por meio do vidro da janela), adquira uma boa lâmpada fluorescente específica para o efeito.
Alterações ambientais desencadeadoras de stress
Se bem treinada a Calopsita irá obedecer á vários comandos (Do tipo: “dá a pata” ou “para cima” ou “para baixo” etc.) isso dará segurança emocional ao animal. Se a sua ave viver anos a fio no mesmo sítio, exposta às mesmas condições e de repente haver alterações radicais no seu meio onde vive, é quase certo que vai haver arranque de penas.
Obras em casa, viver numa cozinha cheia de fumos e condimentos fortes, crianças abusivas que não respeitam a ave ou ainda morar numa casa em que o casal não se entende e a ave é que “paga o pato”.
Tudo isto e o que o caro leitor possa imaginar, é mais que suficiente para transformar uma linda ave de estimação em uma ave careca.
Mude a gaiola de lugar regularmente. Troque os brinquedos com freqüência. Leve-a para passear fora sempre que a temperatura ambiental permitir.
Tratamento para as aves que arrancam as penas
Primeiramente, quando não há um diagnóstico correto, não há tratamento eficaz. Os exames poderão ser parciais ou verdadeiramente impossíveis de serem efetuados em certas clínicas. Mas se realmente esses testes derem positivo, não somente tratarão com eficácia o problema das penas como provavelmente salvarão a vida de sua Calopsita.
Somente quando todas as análises efetuadas derem negativas é que se poderá pensar em problemas psicológicos. A causa mais comum é realmente a dieta, portanto a sua resolução não é dispendiosa.
Não esqueça de fornecer uma boa ração orgânica completa e específica para Calopsitas (e acima de tudo, que nem só de sementes vive a ave!).
Antiinflamatórios naturais tais como a babosa são muito úteis, quer no banho ou por meio de aspersão (1ml em um litro de água). Não se esqueça dos banhos regulares. Não é normal uma Calopsita detestar água. Habitue ela desde cedo.
É claro que estes problemas possuem um tratamento específico (antibióticos, antifúngicos – por vezes a terapia poderá durar aproximadamente 6 meses! E a giardíase responde bem ao metronidazol).
Caso você suspeite que o problema de sua Calopsita seja alérgico, o melhor é remover a ave para outra casa durante 3 meses. Se houver melhoras você terá que descobrir o alérgeno responsável (caso seja o fumo, este poderá levar a conseqüências drásticas).
No entanto, se você suspeita de problemas comportamentais, deverá consultar o seu veterinário em busca de aconselhamento. Sobretudo nada de mimar a sua Calopsita exageradamente, para meses mais tarde não lhe dar mais importância alguma.
Apenas dê atenção á ela o suficiente que você saiba que poderá manter. Castigue o mau comportamento (basta colocar a ave num quarto às escuras durante alguns minutos, fora da atenção do dono). Recompense o bom comportamento com atenção e guloseimas (frutas frescas).
Em última instância pode-se recorrer aos medicamentos psicotrópicos para acalmar o comportamento negativo da ave (prozac por ex). Algumas Calopsitas reagem muito bem, outras reagem mal e outras nem sequer lhes faz nada. Portanto caro leitor, estamos perante um problema complexo. Afinal não é só o piolho que faz cair à pena! Pouco se investiga nesta área (claro que muito menos em nosso país!). Colabore diretamente com o seu veterinário em busca
da melhor solução.
Caso você suspeite que o problema de sua Calopsita seja alérgico, o melhor é remover a ave para outra casa durante 3 meses. Se houver melhoras você terá que descobrir o alérgeno responsável (caso seja o fumo, este poderá levar a conseqüências drásticas).
No entanto, se você suspeita de problemas comportamentais, deverá consultar o seu veterinário em busca de aconselhamento. Sobretudo nada de mimar a sua Calopsita exageradamente, para meses mais tarde não lhe dar mais importância alguma.
Apenas dê atenção á ela o suficiente que você saiba que poderá manter. Castigue o mau comportamento (basta colocar a ave num quarto às escuras durante alguns minutos, fora da atenção do dono). Recompense o bom comportamento com atenção e guloseimas (frutas frescas).
Em última instância pode-se recorrer aos medicamentos psicotrópicos para acalmar o comportamento negativo da ave (prozac por ex). Algumas Calopsitas reagem muito bem, outras reagem mal e outras nem sequer lhes faz nada. Portanto caro leitor, estamos perante um problema complexo. Afinal não é só o piolho que faz cair à pena! Pouco se investiga nesta área (claro que muito menos em nosso país!). Colabore diretamente com o seu veterinário em busca
da melhor solução.
Um comentário:
Olá
gostei muito da matéria. me ajudou muito entender algumas coisas. amanhã cedo levarei minha calopsita no veterinário para ver se descobrimos alguma coisa. hoje ela amanheceu com uma pena arrancada e durante o dia arrancou mais duas grandes, esta toda cheia de sangue...
obrigada pela ajuda.
Katiucia
Postar um comentário